Gravidez na Adolescência II

GRUPO: ANA PAULA, CRISTINE CLEMENT E PAOLA BENEVENUTO

Gravidez na Adolescência

Significado da palavra gravidez: Estado da mulher, e das fêmeas em geral, durante a gestação; prenhez. A gravidez ocorre quando um ovo, óvulo fecundado após um ato sexual, se fixa à mucosa uterina.
 

Significado da palavra adolescência: Período na vida humana, entre a puberdade e a virilidade.
 

Existem algumas condições que propiciam a gravidez na adolescência, levando milhares de jovens a uma experiência fora de hora, dada a inexperiência e conseqüente dificuldade em cuidar do filho que chega.
 

Dentre as jovens que mais engravidam destacamos a classe social mais baixa, que acaba vislumbrando num filho a chance de ter um projeto de vida, além de encontrar a oportunidade de constituir uma identidade, uma vez que não consegue se inserir na vida profissional. Outras condições também se encontram presentes na vida desta população que engravida neste período, tais como lares desestruturados e com pequeno nível de comunicação entre pais e filhos. 
 

Tem sido tarefa difícil explicar a causa de existir tantas adolescentes grávidas, e seu crescente número a cada ano. De um lado, alguns profissionais apontam, a questão centra-se numa busca pela identidade por parte dos adolescentes. Cabe o estudo e a reflexão acerca das várias possibilidades que levam à gravidez na adolescência. 
 

Nessa fase, ocorre uma profunda desestruturação da personalidade. Baseado nos antecedentes histórico-genéticos e do convívio familiar e social, e também pela progressiva aquisição da personalidade do adolescente. A questão familiar e social funciona como co-determinante no que resulta enquanto crise, especialmente, à conquista de uma nova identidade. 
 

Os dados também revelam índices altos de gravidez na adolescência, uma vez que, entre as jovens de 15 a 17 anos, com pelo menos, um filho é de 7,3% no país. Na região metropolitana do Rio de Janeiro, esse índice chega a 4,6% e na região metropolitana de Fortaleza, 9,3%. 
Denomina-se gravidez na adolescência a gestação ocorrida em jovens de até 21 anos que encontram-se , portanto, em pleno desenvolvimento dessa fase da vida – a adolescência. Esse tipo de gravidez em geral não foi planejada nem desejada e acontece em meio a relacionamentos sem estabilidade, a atividade sexual tem como resultante a gravidez, gera conseqüências tardias, em longo prazo e muito sérias, tanto para a adolescente quanto para o recém-nascido.

Cabe destacar que a gravidez precoce não é um problema exclusivo das meninas. Não se pode esquecer que embora os rapazes não possuam as condições biológicas necessárias para engravidar, um filho não é concebido por uma única pessoa.
Os motivos que levam a gravidez são vários, dentre eles a não utilização da camisinha, pílulas. Os adolescentes não se preservando, achando que nunca acontecerá com eles.

 

Justificativa

 

Escolhemos este tema, pois achamos polêmico, já que atualmente é muito discutido pelo fato da grande incidência de jovens grávidas. Nos dias de hoje os adolescentes são informados, já que existem muitos meios de comunicação disponíveis, mas os mesmos não os levam a sério. 
Na adolescência os riscos da gravidez são maiores do que em uma gravidez na idade adulta, quando o corpo está preparado para receber um feto. Para o Brasil a gravidez na adolescência é um problema de saúde pública. 

 

Segue agora dois exemplos de adolescentes grávidas. Retiradas do site do Fantástico, programa da rede Globo,exibido aos domingos á noite. 

‘’Não era a hora. Não estava previsto isso pra minha vida nessa idade”, diz a menina Jéssica, de 15 anos. 

 

“Penso: por que fui engravidar tão cedo, podendo ter aproveitado minha vida?”, pergunta-se Katrine, de 15 anos. 
 

De todas as mulheres grávidas atendidas nos serviços públicos hoje, 28 % são adolescentes, e com um detalhe preocupante: no mundo inteiro as meninas estão engravidando cada vez mais cedo. No Brasil, já são 60 mil adolescentes entre 10 e 14 anos tornando-se mães todos os anos. 
 

“Portanto, é um problema de saúde pública o alarmante crescimento da gravidez na adolescência”, avalia Jacob Arkader, da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 
 

A Katrine tem 15 anos e dois filhos. O Cauã, de um ano e três meses, e a Carline, de três meses. 
 

“Eu não achava que isso ia acontecer justamente comigo”, diz a jovem. 
 

A responsabilidade de ser mãe tão cedo pesa. Katrine, as crianças e o marido vivem com R$ 340 que ele recebe por mês. O filho precisa de tratamento cardíaco. Katrine parou de estudar. 
 

Os adolescentes, apesar de parecer bem informados, estão confusos e sem saber como se proteger de uma gravidez indesejada. É isso que revela uma pesquisa com alunos de sétima e oitava séries do interior de São Paulo - 70% dos adolescentes entrevistados disseram que escolhem o método para evitar a gravidez conversando com amigos. 
 

“É necessário que esta adolescente procure um médico, faça a consulta, seja examinada, e através da história clínica, os ciclos menstruais, ele vai adequar o melhor método anticoncepcional para ela”, recomenda Arkader. 
 

Mas o médico, segundo a pesquisa, é justamente o último a ser procurado pelo adolescente. Menos de 1% procura um médico na hora de escolher o método para prevenir a gravidez. 
 

“O problema é o adolescente não procurar o médico, e ir ao balconista da farmácia e comprar qualquer tipo de pílula. Hoje em dia as pílulas têm baixo teor hormonal e podem ser receitadas, desde que com cuidado. Saber se está tomando direito, se está sendo responsável, além de usar a pílula, pedir ao companheiro para usar a camisinha para ela ter uma dupla proteção”, comenta Evelyn Eisenstein, especialista em adolescentes. 
 

Os ginecologistas fazem ainda um alerta. Sem usar nenhum método anticoncepcional no seu dia a dia, adolescentes acabam fazendo o uso abusivo da pílula do dia seguinte. 
 

“Se ela tomar freqüentemente, ela vai ter chance de engravidar com mais facilidade. Porque são dosagens altas de hormônio”, alerta Evelyn. 
Mas a prevenção dos adolescentes contra a gravidez não depende só deles. 

 

“Os pais precisam entender que essa menina abaixo de 14 anos tem uma vida sexual, não pode fazer de conta que não. Ela precisa de uma orientação familiar, na escola, não pode sofrer preconceito por causa disso”, diz a ginecologista e obstetra Sarah Figueiredo. 
 

Nos próprios serviços de saúde muitas vezes elas sofrem preconceito e não voltam mais. 
 

“Por exemplo, ele pode chegar na porta de entrada e dizer: ‘Estou aqui pra buscar camisinha’. E às vezes alguém dizer: ‘Mas você não é muito nova pra estar usando isso?’”, conta Viviane Castello Branco, do Centro de Adolescente da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro. “Outro exemplo: ‘aqui a gente só atende se estiver a mãe presente’. Os adolescentes têm direito de ser atendidos sem os responsáveis”. 
 

“’Eu não posso mais usar roupa curta porque eu tenho que botar na minha cabeça que eu sou mãe de dois filhos, não sou mais uma adolescente qualquer”, comenta Katrine. 
 

A Alessandra é tudo na minha vida, mas se ela viesse um pouquinho mais pro futuro, seria bem melhor”, diz Jéssica.” 
 

 

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